Do ambientalismo à religião
Nov 6
/
Luiz Vianna
A justa defesa do meio ambiente que está se tornando uma nova religião onde a "mãe natureza" é mais importante do que o homem.
Gostou? Então compartilhe:
Se olharmos os últimos 60 anos, perceberemos que o mundo sempre teve um problema capital que, se não resolvido a tempo, devastaria a face da terra exterminando a raça humana.
Até a década de 80 era a hipótese da terceira guerra mundial, iniciada pelos Estados Unidos ou União Soviética, que não aconteceu devido ao enfraquecimento soviético.
Mas ainda antes da década de 90, foi inserido um novo vilão no imaginário popular. Não seria mais como antes, nazistas ou russos. O grande inimigo público passará a ser o próprio homem.
O tema inicial era a chamada “fome na África”, uma situação real e, de fato, urgente. Veio uma avalanche de notícias sobre as crianças da Etiópia e da África, que envolveu até o mundo pop com iniciativas como o “USA for África”, o britânico “Band Aid” ou os shows “Live Aid Africa”.
Mas o culpado por toda essa fome não era a inquestionável concentração dos recursos nas mãos de tão poucos, mas o próprio ser humano. Ele sim, responsável por colocar tantos habitantes no planeta.
Na onda seguinte, a controversa questão do “buraco da camada de Ozônio” e, mais adiante, em 2006, o “documentário científico” protagonizado pelo famoso político e ex-vice-presidente americano “Al Gore”: “Uma verdade inconveniente”.
Além de mover a opinião pública de uma forma irreversível, a iniciativa impulsionou aquele que seria o “problema” mais sério e longo de todos, e ajudar a dar as fundações para o que estamos vivendo hoje com o tema da preservação do planeta.
Dali e, em reboque, se originaram termos familiares como o “efeito estufa”, o “aquecimento global” (que teve de mudar de nome para “mudanças climáticas” pela teimosia do planeta em não aquecer) e várias teses apocalípticas, dadas como certas.
Uma das mais famosas era o iminente “derretimento das camadas polares” que elevaria o nível do mar em cerca 6 metros, causando o desaparecimento de cidades importantes como Veneza, que, aliás, continua lá.
E mais uma vez, quem era o grande vilão? O homem.
Fazendo a história curta, evoluímos dali para um ambientalismo ativista que conhecemos hoje. Uma agenda global que vai muito além de “proteger o planeta”.
Importante deixar claro, antes que se diga o contrário, da importância que é a proteção do ambiente. Ela faz parte do ordenamento natural. É tema coberto, inclusive, no mandamento bíblico de “não roubar”, referindo-se à privação do acesso aos bens naturais por gerações futuras, caso não tenhamos cuidado bem dela hoje.
Mas é preciso estar atento ao que está ocorrendo.
O ambientalismo e os ambientalistas, estão aproveitando a brecha deixada pelo afastamento do homem de Deus, que abordei em meu último artigo. O homem, por natureza religioso, sabe no seu interior da existência de Deus. Sabe que existe algo maior do que ele, algo que lhe exige olhar para cima.
Mas vivemos em um mundo onde Deus não pode existir. O que o mundo pode oferecer para suprir este vazio de um “deus”? A resposta está diante de nós: a “mãe natureza”. Essa sim tem todas as condições para ser a musa dessa nova religião mundial.
Parece exagero? Vamos ver.
A “mãe terra” é essa entidade abstrata acima de nós. Na visão do mundo ela própria não possui um criador e nos oferece tudo o que temos no planeta, a grande provedora e generosa mãe a quem devemos nosso maior respeito.
Tudo o que puder lhe causar dano deve ser abolido. Se um estudo de um “especialista”, porventura disser, que o “pum do boi” pode causar danos ao meio ambiente (desculpe, mas é verdade), eliminemos o gado.
Se algum tipo de plantação de alimentos pode gerar algum prejuízo à “mãe natureza”, tratemos de impedir o seu plantio. Se alguém ousar desrespeitá-la, será preso.
Que ninguém ouse tocar na “mãe natureza”! Façamos regras, leis e políticas para protegê-la.
Movidos por esse idealismo, vimos nos últimos anos o governo Holandês comprar e fechar mais de 3 mil fazendas agropecuárias por conta de regras ambientais sobre o “xixi das vacas”. A previsão é a extinção completa de 30% dos produtores até 2030.
Mas como fica a fome na África com menos produção de carne e de alimentos?
Isso não importa mais, não é mais um problema. A “mãe natureza” se tornou mais importante que o próprio homem. Se for preciso, para salvar a natureza, mataremos o próprio homem.
É aí está a origem para alguns dos desvios que enfrentamos hoje, onde matar a tartaruga é crime, mas matar a criança no ventre materno não é.
Não nos deixemos confundir. Deus criou a natureza para o homem, e não o contrário. Precisamos manter Deus onde deve estar, no centro e acima de tudo.

Oferecemos constantemente conhecimento que permita às pessoas entenderem melhor o mundo onde vivem, e possam com isso, enfrentar com confiança as adversidades que o mundo lhes impõem.
Copyright © 2025